Hoje eu não quero falar de beleza
ou Janaína chora...por mariana...
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
---|
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaAno: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaFoto:Tali Ha Ano: 2016 |
Hoje eu não quero falar de belezaAno: 2016 |
Obra realizada, em Salvador, no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá.
Cheiro de alfazema. A persona/artista está sentada, de costas para o público, com as pernas abertas em frente a um grande espelho. Anzóis estão presos na extensão de cada ombro com fios de nylon presos ao teto. A boca aberta com barro dentro e muito sal grosso espalhado ao redor da cadeira. A interação com o público se dá por meio do olhar refletido no espelho. O público observa a ação do lado de fora da galeria através de paredes de vidro.
Uma mulher vista em um aquário/vitrine sentada, de pernas abertas, de frente para um espelho é um signo de auto avaliação sobre o bio-papel do feminino. Ao mesmo tempo, é reflexo de martírio, pois anzóis estão presos na carne dessa mulher. Entretanto, a imagem do público também é refletida nesse espelho, tornando-se, portanto, cúmplice desse martírio. Na boca aberta tem barro: Mariana e todo o desastre ambiental que nenhum dos parlamentares brasileiros falam a respeito. Somente há o silêncio, um silêncio que sufoca.
Não poderia falar de Iemanjá sem falar do mar e, em 2016, não poderia falar do mar sem citar o desastre de Mariana.
O corpo, durante todo o período da ação, fica imponente, forte, resistente, com a coluna ereta, pois, a qualquer sinal de relaxamento, os anzóis podem de fato ferir. Iemanjá, mesmo ferida, resiste. O sagrado feminino do século XXI é a Resistência.
Performance realizada in:
Galeria Luiz Fernando Landeiro. Salvador/BA
Foto: Talitha Andrade
Duração: 4 horas.
Ano:2016