Um poema para Cláudia
Obra que nasce a partir de um luto: morre Cláudia da Silva. A notícia vinha de terras tão ensolaradas quanto às soteropolitanas e ainda com direito a pão de açúcar e a um tal Cristo "Redentor". Mais uma vida era "rendida" em um dos muitos morros onde as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) cariocas insistem em ressignificar a paz. Cláudia da Silva, mãe, filha, tia, mulher negra e trabalhadora, foi assassinada. Como se não bastasse o maldito projétil ter dilacerado sua carne, o corpo de Cláudia foi jogado no porta malas do camburão que se recusou a permanecer fechado... o asfalto da terra do “Redentor” foi inundado do vermelho sangue de Cláudia. Seu corpo arrastado por quilômetros no asfalto carioca. Esse foi mais um dos crimes que chocou o Brasil. E, assim, nasce, do luto, a performance “Um poema para Cláudia”.
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Performance realizada no evento Salvadorando na Rua do Sodré. Salvador. BA
Duração: 1 hora
Ano. 2014